Homem é condenado a mais de 22 anos de prisão por matar e esconder o corpo de jovem dentro de mala, em Engenheiro Navarro
O homem acusado de matar e
esquartejar uma jovem, em Engenheiro
Navarro, foi
condenado a 22 anos e 8 meses de prisão nesta segunda-feira (21). O
corpo da vítima, Cíntia Taís Gomes dos Santos Silva, que na época tinha 21
anos, foi encontrado dentro de uma mala na casa do investigado, em abril de
2021. (Relembre o caso abaixo).
A sentença atribuída a Carlos
Roberto Gonçalves foi estabelecida de acordo com denúncia do Ministério Público,
por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A pena total foi de 22 anos e
8 meses em regime fechado. A sessão de júri popular aconteceu no Fórum Doutor
José Maria Alkmim, em Bocaiuva, com o Conselho de Sentença formado por quatro
homens e três mulheres.
“A denúncia imputa ao Carlos
Roberto o crime de homicídio qualificado, pelo emprego que impossibilitou a
defesa da vítima, e o crime de ocultação de cadáver. O Ministério Público vai
sustentar a condenação na íntegra da denúncia e espera que as penas alcancem um
patamar condizente com a gravidade desses dois crimes que foram praticados”,
considerou o promotor Thiago Diniz Moura, momentos antes do julgamento.
O g1 entrou em
contato com a defesa, representada pelo advogado Antônio Rodrigues Azevedo. Ele
informou que não pretende recorrer da decisão.
“Com a sustentação no
plenário, entendemos que a sentença foi satisfatória, pois a defesa conseguiu
reduzir a pena prevista. Com isso, conseguimos reduzir a pena do homicídio de
30 anos para 21 anos e também a pena de ocultação de cadáver de três anos para
um ano e oito meses. Ao todo, conseguimos a redução de pelo menos 10 anos e
oito meses”, disse.
Entenda o caso
Carlos Roberto Gonçalves foi
preso no mesmo dia em que a polícia encontrou o corpo da vítima, que era
considerada desaparecida. Ao ser preso, o homem afirmou que a jovem morreu em
decorrência do consumo excessivo de drogas, versão que, para a Polícia Civil,
foi descartada.
Cíntia Taís Gomes dos Santos
Silva era considerada desaparecida e o acusado chegou
a trocar mensagens em um aplicativo de celular com familiares dela, após
cometer o crime.
Em uma das conversas por
mensagens, uma prima de Cintia diz que a família está procurando por notícias.
O homem responde "todo mundo tá me ligando". Em seguida, a parente
afirma: "Estamos preocupados, apenas" e ele diz: "Gente, vi ela
sim, mas depois saiu com alguém num carro branco. Acho que nem é de Navarro, só
sei isso."
Para a Polícia Civil, o
investigado inventou a história de que a jovem teria entrado no veículo para
tentar se livrar de suspeitas e mudar o foco da investigação. A hipótese já
havia sido descartada, já que ninguém mais confirmou ter visto Cíntia.(por G!
Grande Minas)
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