Vereador preso após amarrar esposa em árvore e arrastá-la por terreno em MG é condenado por lesão corporal e ameaça
A Justiça condenou o vereador
de Serranópolis
de Minas, Adva Avelino da Silva (PSD), pelos crimes de lesão
corporal e ameaça. Ele foi preso em setembro de 2021 após amarrar
a esposa em uma árvore e arrastá-la por um terreno. (Leia mais
abaixo).
A pena, segundo a
sentença, é de quatro anos de reclusão pelo crime de lesão corporal e um
ano de detenção por ameaça. O g1 entrou em contato com advogado
de defesa, mas as ligações não foram atendidas.
O juiz Rodrigo Di Gioia
Colosimo também determinou o pagamento de indenização no valor R$ 10 mil
por dando moral e declarou a perda do mandato eletivo do vereador. O g1 ligou
na Câmara Municipal de Serranópolis
de Minas e o presidente não foi encontrado para comentar o
assunto.
O magistrado destacou que a
conduta do réu “representa total incompatibilidade e reprovabilidade da sua
atuação com as funções que se espera de um vereador, já que este deveria
promover práticas para erradicar a cultura de violência contra a mulher”.
A decisão cabe recurso e o
parlamentar poderá aguardar em liberdade. De acordo com a sentença, foram
colhidas declarações da vítima, de testemunhas e do vereador, que nega ter
cometido os crimes.
“A negativa do réu destoa dos
demais elementos de prova produzidos nos autos, em especial das declarações da
vítima, que, em depoimento judicial perante este juízo, confirmou o depoimento
prestado perante autoridade e acostado aos autos”. Adva
Avelino da Silva foi preso após amarrar a esposa em uma árvore e arrastá-la por
um terreno. Na época, a perícia confirmou que a mulher ficou com marcas no
pescoço e arranhões nas costas.
De acordo a investigação, as
agressões foram motivadas por ciúmes. Ele fugiu e foi encontrado dias depois em
uma comunidade de difícil acesso, na casa de uma ex-namorada.
“Ele proibiu que ela acessasse
a rede social Facebook e, tendo em vista que ela não obedeceu suas ‘ordens’,
ele amarrou essa senhora em uma espécie de enforcamento, pendurando ela em um
pedaço de pau, uma árvore. Posteriormente, ele arrastou ela pelo chão do
terreno”, informou o delegado no dia da prisão.
Ele pegou a corda e puxou eu
aqui e passou a corda aqui [diz apontando para uma árvore]. Eu falei: me solta,
moço, solta, não me mata não [sic]", disse a mulher. No mês de outubro, a
Polícia Civil indiciou o parlamentar por tentativa de homicídio
qualificado e o caso foi encaminhado à Justiça. O delegado também
pediu a manutenção da prisão do parlamentar para evitar novas práticas
delitivas e pelo risco de ele fugir novamente.
Fonte:G1Grande Minas.
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