Norte de Minas é incluído na 'onda roxa': 'Por 15 dias será decretado lockdown em toda a região'
O governador Romeu Zema (Novo) publicou na tarde deste sábado (06) em
uma rede social que a macrorregião Norte também entrará na "onda roxa" do programa Minas Consciente.
"O objetivo da
medida é restabelecer a capacidade de atendimento hospitalar da região para
preservar a rede de Saúde de todo o Estado", disse o governador.
A “onda roxa” prevê medidas mais restritivas para
conter o avanço do coronavírus, como fechamento do comércio não
essencial, toque de recolher das 20h às 5h e restrição de circulação de pessoas,
que só poderão sair de casa para atividades essenciais. Veja todas as medidas impostas pela "onda roxa".
Governo determina toque
de recolher e fechamento de lojas em parte de Minas Gerais
Toque de recolher,
fechamentos e restrições: saiba o que determina a 'onda roxa' criada em Minas
Em nota, a Superintendência Regional de Saúde
informou que a deliberação do Comitê Extraordinário de Enfrentamento da Covid-19
será publicada no Diário Oficial de Minas Gerais nesse domingo (7) e abrange 86 municípios da região ampliada de saúde.
“Por 15 dias será
decretado lockdown em toda a região, com o objetivo de reduzir as notificações
de casos de Covid 19 e com isso, diminuir a superlotação dos hospitais”, diz a
nota.
Ainda segundo a Superintendência, a decisão
foi tomada na manhã deste sábado (6) durante uma reunião
realizada por meio de videoconferência entre o secretário de Estado de Saúde,
Carlos Eduardo Amaral, deputados, prefeitos e secretários municipais de saúde.
Também participaram da reunião a superintendente regional de saúde de Montes
Claros e as gerentes regionais de saúde de Januária e Pirapora.
Veja abaixo as medidas
impostas pela "onda roxa":
Funcionamento apenas do serviço
essencial (veja abaixo o que é considerado essencial)
Suspensão de cirurgias eletivas
Restrição de circulação de pessoas
(só poderão sair de casa para atividades essenciais)
Toque de recolher das 20h às 5h e aos
finais de semana
Proibição de pessoas sem máscara em
qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado
Proibição de circulação de pessoas
com sintomas de gripe, a menos que estejam indo para consulta médica
Proibição de eventos públicos ou
privados
Proibição de reuniões presenciais,
inclusive entre parentes que não morem na mesma casa
Implantação de barreiras sanitárias
de vigilância
Fechamento de bares e restaurantes
(funcionamento apenas por delivery)
A “onda roxa” foi divulgada pelo Governador de
Minas, Romeu Zema, na última quarta-feira (3) e é impositiva, ou seja, todos os
municípios inseridos são obrigados a seguir as regras determinadas pelo estado,
ao contrário do que vinha acontecendo até então, quando cabia a cada prefeitura
decidir aderir ou não ao Minas Consciente.
São considerados serviços
essenciais em Minas:
Alimentos, Agropecuária e Agroindústria
(excluídos bares e restaurantes);
Serviços de Saúde (atendimento,
indústrias, veterinárias, etc);
Bancos e seguros;
Transporte público;
Energia, gás, petróleo, combustíveis
e derivados;
Manutenção de equipamentos e
veículos;
Construção civil;
Indústrias (apenas da cadeia de
Atividades Essenciais);
Lavanderias;
Imprensa;
Serviços de TI, dados, imprensa e
comunicação;
Serviços de interesse público (água,
esgoto, funerário, correios etc.).
Situação dos hospitais de
Montes Claros
Montes Claros, maior cidade do Norte de Minas, é
referência para 95 municípios, mas está com os
hospitais superlotados. A taxa de ocupação dos leitos clínicos SUS é de 94%, a de UTI adulto SUS é de
84% e a dos leitos clínicos de convênio/particular é de 79%,
segundo o último boletim epidemiológico.
Nos últimos dias, a falta de vagas fez com que
hospitais da cidade suspendessem atendimentos de casos confirmados e suspeitos
de coronavírus.
Covid-19: Veja a ocupação dos leitos clínicos e de UTI em Montes
Claros
Na quinta-feira (5), a
secretária de Saúde, Dulce Pimenta, anunciou a abertura de novos leitos em
Montes Claros e o Hospital Alpheu de Quadros começou a funcionar como hospital
de campanha.
Em entrevista o MG1 nessa sexta-feira (5), Dulce
Pimenta explicou que o município passará a contar com mais 82 leitos clínicos e
20 de UTI, a distribuição ficou da seguinte forma:
Leitos clínicos
- Alpheu de
Quadros (hospital de campanha) - 35 leitos clínicos
- Hospital Universitário - 12 leitos clínicos
- Prontosocor - 35 leitos clínicos
Leitos de UTI
- Prontosocor
- 10 leitos
- Hospital Pró-Vida – 10 leitos
Fonte G1 GRANDE MINAS
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