Um dentista, de 46 anos, foi preso
suspeito de importunação sexual, em Montes Claros, após ser denunciado por uma
paciente, de 15 anos.
O G1 teve acesso ao boletim de
ocorrência onde a menina relata que o dentista tentou beijá-la à força durante
um atendimento no consultório dele. Ainda segundo o BO, o homem foi encontrado
em casa e ao ser informado sobre o motivo da prisão simulou um desmaio.
Ele foi conduzido à delegacia de plantão
e foi autuado em flagrante, conforme explica a delegada Karine Maia Costa,
responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
“Foi autuado por importunação sexual de
acordo com o artigo 215-A do Código Penal quando se pratica com alguém ato
libidinoso sem o consentimento da pessoa. Ele permanece preso e a pena para
esse crime é de um a cinco anos”.
A adolescente foi ouvida e informou que
já era paciente do dentista e marcou uma consulta para arrumar uma faceta que
tinha quebrado.
“Ela perguntou por mensagem se teria que
pagar porque já tinha feito o tratamento e ele respondeu: Vai pagar com um
cheiro e um beijo”.
Ainda de acordo com a delegada, a menina
pensou que se tratava de uma brincadeira e foi realizar o procedimento.
“Durante o atendimento, ele ficou
elogiando o corpo dela e falou que estava com o corpo quente. Ela relata que ao
levantar para pegar a mochila que estava em outra sala, o dentista pediu para
beijá-la. Ela disse que não queria e ele insistiu, a abraçou por trás e quando
ela se virou, foi beijada no pescoço”.
A delegada esclareceu que o caso não foi
registrado como estupro porque não houve ameaça e nem violência. O dentista
também foi ouvido na delegacia e negou o crime.
“Ele nega ter tentado beijá-la e
abraçá-la, mas não soube explicar se a adolescente teria algum motivo para
inventar isso. Ele fala que só pegou na testa dela para medir a temperatura e
falou que não estava com febre, mas estava com o corpo quente porque ele estava
perto e sentiu. Disse que em nenhum momento a assediou e a mensagem enviada foi
em tom de brincadeira”.
A Polícia Civil instaurou um auto de prisão em
flagrante delito onde serão produzidas provas e o procedimento será encaminhado
à Justiça no prazo de 10 dias. A polícia vai colher depoimento da representante
legal da vítima e de testemunhas.
Por G1grande minas
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