Animais de estimação podem carregar a Covid-19 na pelagem; saiba como higienizar
Com o avanço do novo coronavírus pelo Brasil, surgem preocupações e
dúvidas na população em diversos assuntos. Um deles é em relação à Covid-19 e
os animais de estimação. Ainda não há evidências de transmissão da doença entre
humanos e animais, segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas
Gerais (CRMV-MG), mas é necessário ficar atento a certos cuidados durante a
pandemia.
Há coronavírus específico que acomete cães e gatos, como explica a
médica veterinária, Patrícia Zanini. “Até onde nós sabemos, não existe
contaminação entre humanos e animais, justamente porque o vírus acomete
espécies específicas. O coronavírus canino infecta cães na forma de
gastroenterite e o coronavírus felino infecta os gatos causando uma peritonite
infecciosa”, afirma.
Dessa forma, em relação à Covid-19 que vem se disseminando no Brasil,
não estão proibidos os passeios com o animalzinho pelas ruas, porém
recomenda-se que seja algo breve.
“A gente recomenda que seja um passeio rápido. O tempo suficiente para
ele fazer as necessidades fisiológicas rapidamente, evitando horários com
aglomeração, parques e praças. Voltando para casa, claro, é interessante que se
faça a higienização das patinhas, com um lencinho umedecido com álcool em gel
70%, por exemplo”, orienta a médica veterinária, Danielle Dourado Maia.
Ainda segundo ela, a pelagem do animal pode carregar o novo
coronavírus, caso ele tenha entrado em contato com uma pessoa contaminada
através de secreções e partículas virais. Nessa situação, é recomendável que o
dono dê um banho com shampoo ação detergente no pet.
Mas, mesmo com as orientações de prevenção, há aqueles que preferem não
expor muito o bichinho, como é o caso da estudante Júlia Werdan.
“Com a pandemia, eu parei de sair com o Puppy na rua. O único contato
que ele tem é com a menina do pet shop e a veterinária para as vacinas. Mas ele
nem pisa na rua, vamos de carro e quando chega no local vou com ele no colo. A
veterinária aconselhou sempre limpar as patinhas depois que voltar na rua com
um sabão específico, mas prefiro não arriscar”, pondera.
Situação semelhante também com a analista de sistemas, Cristina
Abrantes. Ela é tutora da Chanel e tem evitado de realizar os passeios na rua.
“Desde que a pandemia começou, eu tenho evitado sair com a Chanel na
rua. Parei de levar no pet shop que costumava e passei a dar banhos em casa.
Agora que vim para Timóteo, pedi a uma pessoa que só atende em casa para dar
banho”, conta.
Tutores contaminados com a Covid-19
Inevitavelmente, com o avanço da doença, pode ser comum encontrar
animais de estimação no mesmo espaço em que tenha um paciente infectado com o
novo coronavírus. Ainda conforme a veterinária Danielle Dourado, as orientações
de prevenção nesse caso não são diferentes das que são adotadas entre humanos.
“A recomendação é o distanciamento social. Da mesma forma que uma
pessoa que está em quarentena numa casa que mora outras pessoas deve ficar
isolado, resguardado, a mesma coisa ela vai fazer em relação aos animais. Ela
não deve se aproximar no animal, não vai tocar, não vai beijar e nem adular.
Caso seja só ela e o animal na residência, os cuidados com o pet devem ser
incumbidos a uma outra pessoa, que não seja o tutor contaminado”, explica.(G1
GRANDE MINAS)
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