Prefeitas lançam movimento para aumentar participação feminina na política
Elas querem mais espaço
na política. Prefeitas e vereadoras de Minas Gerais aproveitaram o último dia
do 36º Congresso Mineiro de Municípios, ontem, em Belo Horizonte, para lançar o
braço mineiro do Movimento de Mulheres Municipalistas (MMM). Atualmente,
mulheres administram apenas 64 das 853 cidades do Estado. Nas câmaras
municipais, são 911 cadeiras.
Os números são considerados
baixos pelas organizadoras do movimento, cuja diretoria ainda será definida.
Mais importante que engordar essas estatísticas, destacam prefeitas, é conscientizar
as mulheres de que elas precisam se engajar mais na política, seja nos âmbitos
nacional, estadual, municipal ou mesmo no bairro em que mora.
"São números que podem
melhorar. Assim como em Minas Gerais, podemos aumentar a participação das mulheres
em nível nacional: há 649 prefeitas num total de 5.568 cidades”, disse a gaúcha
Tânia Ziulkoski, uma das fundadoras e presidente da MMM.
Para isso, o braço mineiro da
entidade irá estimular maior engajamento delas em diferentes associações, como
as de bairros e de entidades de classe. “Aos poucos, vamos conquistamos
nosso espaço. Estamos iniciando este trabalho para ajudar as mulheres a terem
gosto pela política, a enfrentarem as dificuldades”, ressaltou Cici Magalhães,
prefeita de Manhuaçu (Leste de Minas).
Histórico
O braço mineiro do MMM surge 91
anos depois de Lages, no Rio Grande do Norte, eleger a primeira mulher para
comandar uma prefeitura no Brasil. A vitória também fez de Alzira Soriano a
primeira prefeita na América Latina.
Foi também a primeira candidata
da história a ser votada por mulheres, já que em 1928 a população feminina do
Rio Grande do Norte foi a primeira do Brasil a ganhar o direito de votar e ser
votada.
O direito de todas as mulheres
brasileiras votarem foi conquistado apenas em 1932 e sacramentado na
Constituição de 1934. Em Minas Gerais, a primeira prefeita foi Cléria Maria da
Silva, de Barão de Cocais (região Central), em 1972.
Agora, Tânia, a fundadora do
MMM, e Cici, a gestora de Manhuaçu, querem ajudar as prefeitas, vices-prefeitas,
vereadoras e secretárias municipais a terem maior voz no Brasil. Desta forma,
acrescenta a presidente do movimento nacional, a gestão municipal feminina se
“fortalece para a criação de políticas públicas que promovam o direito das
mulheres”.
POR www.hojeemdia.com.br
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