Prefeitos do Norte de MG esperam por nova reunião com o governo para definir retorno das aulas
Prefeitos, procuradores municipais e secretários de
educação de 25 cidades do Norte de Minas se reuniram nesta quarta-feira (30)
para debater formas de lidar com os problemas causados pela falta de repasses
do Governo de Minas referente ao ano de 2018. Entre os principais temas
abordados, a data de retorno das aulas nas cidades.
Segundo o
presidente do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da
Sudene (Cimams), Edmárcio Moura Leal, apenas cinco prefeitos demonstraram
interesse em iniciar o ano letivo na data estipulada pelo Governo de Minas, no dia 7 de fevereiro.
"A grande maioria quer começar a aula no dia 11 de março, quando vai
conseguir adequar toda a estrutura para receber os alunos", diz.
Em Montes Claros,
maior cidade do Norte de Minas, a previsão do início das aulas também é
incerta. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, a secretaria
de Educação espera pela regularização dos repasses do Estado.
Repasses
A Associação
Mineira de Municípios (AMM) chegou a recomendar que as prefeituras só começassem o ano letivo
depois do carnaval. A AMM afirma que vários repasses estão
atrasados, entre eles o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica (Fundeb), que é direcionado à educação, e o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS). O total da dívida do estado com os municípios
chega a mais de R$ 12 bilhões.
No dia 22 deste
mês, o Governo de Minas anunciou que regularizou os repasses deste ano para a educação com
valor de cerca R$15 milhões para manutenção e custeio das escolas. Ainda
segundo o governo, de 1º a 22 de janeiro, foram transferidos R$ 801,07 milhões
para os municípios mineiros.
Apesar do valor, o
Estado segue sem previsão sobre os recursos pendentes da gestão passada.
Segundo o presidente do Cimams, os prefeitos devem se reunir novamente com o
governo estadual. "O próximo passo é reunião com a secretaria de estado e
vamos recorrer aos parlamentares, se for preciso, para sair de lá com um
consenso da data que será iniciada as aulas neste ano", afirma Edmárcio
Moura.
G1
grande minas
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