Norte-mineiro é uma das vítimas de atirador na Catedral de Campinas
Como
isso pode acontecer com uma pessoa tão boa dentro de uma igreja?". Este é
o questionamento feito por Rosilene Coutinho Pereira, sobrinha do norte-mineiro
Elpídio Alves Coutinho, 67 anos, uma das quatro vítimas do atentado em
Campinas; o atirador se matou após efetuar diversos disparos dentro da
Catedral.
Elpídio Alves nasceu em Ibiracatu, em uma
família de oito irmãos. Ainda jovem, seguiu para trabalhar na cidade de São
Paulo. Há cerca de 12 anos ele se aposentou e, segundo familiares, comprou uma
chácara em Campinas em busca de tranquilidade para a família.
"Era uma pessoa muito querida. Mesmo
morando lá ele vinha quatro ou cinco vezes no ano para o Norte de Minas. Aqui
está todo mundo chocado com a notícia. Ainda mais por ter ocorrido dentro de
uma igreja", diz Rosilene.
última visita que o aposentado fez à cidade natal foi no
mês de agosto. Elpídio Alves era irmão do ex-prefeito de Ibiracatu, Orivaldo
Alves de Oliveira, e tio do atual prefeito, Arlis Soares (PP). Católico, ele
mantinha costumes adquiridos no interior de Minas.
"Muito religioso, e sempre ia a uma
igreja próxima à casa dele, mas ontem, infelizmente, foi na Catedral. Quando
vinha para o Norte de Minas, sempre fazia questão de buscar lenha para
cozinhar. Ele era simples mesmo e nunca deixou suas raízes".
Familiares de Elpídio Alves Coutinho
seguiram para São Paulo para participarem do velório. O sepultamento será às
16h30 no Cemitério Municipal de Monte Mor (SP).
Entenda o caso
O suspeito foi identificado com
Euller Fernando Grandolpho, de 49 anos. Ele entrou na Catedral e atirou várias
vezes contra pessoas durante uma missa e depois se matou. Quatro pessoas
morreram e outras quatro ficaram feridas com os tiros.
De acordo com a Polícia Civil, Euller
Fernando Grandolpho estava com duas armas, uma pistola e um revólver, e atirou
pelo menos 20 vezes dentro da igreja.
Euler Fernando Grandolpho não tinha
antecedentes criminais e morava em um condomínio de Valinhos (SP), com o pai -
a mãe já havia morrido. Segundo o delegado José Henrique Ventura, titular do
Deinter-2, a Polícia Civil apurou com familiares que o atirador chegou a fazer
tratamento contra a depressão e tinha um "perfil estranho".
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