Cabo da PM condenado por assassinato em Montes Claros é expulso da corporação


Cabo Melo foi condenado em 2014 — Foto: Jucilene Magalhães/ G1
Um cabo da Polícia Militar de Minas Gerais condenado pelo crime de homicídio há quatro anos foi expulso da corporação nessa quinta-feira (27). O G1 teve acesso ao “ato de exclusão de praça em decorrência de decisão judicial” no fim da tarde desta sexta (28). Laércio Soares de Melo, conhecido como cabo Melo, estava preso na região metropolitana de Belo Horizonte desde 2012. Ele foi condenado em 2014 pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais a 16 anos de prisão.
No ato, a PMMG decretou a perda de graduação do condenado e declarou que ele está automaticamente “excluído das fileiras da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais”. O documento assinado pelo comandante geral da corporação, Helbert Figueiró de Lourdes, afirma ainda que as devidas providências legais para que Melo deixe de ser considerado militar serão tomadas e que ele havia sido comunicado da decisão no dia 17 de dezembro, 10 dias antes que fosse publicada.
A Polícia Militar não informou ao G1 por quanto tempo Melo prestou serviços ao Estado e não esclareceu se, na condição de ex-militar, o condenado será transferido a um presídio comum. O advogado dele não foi encontrado para comentar o ato.
Ato de exclusão do militar foi assinado por comandante geral da PMMG — Foto: Reprodução/PMMG
Entenda o caso
A vítima do crime pelo qual Melo foi condenado era Francisco dos Santos Filho, o despachante Chiquinho. O homem havia desaparecido em 2009; apenas quatro anos e nove meses depois o militar foi a júri. No julgamento, realizado em 18 de dezembro de 2014, Melo foi condenado.
Chiquinho desapareceu no dia 30 de dezembro de 2009, quando teria ido para um sítio, próximo a Lagoinha. De acordo com as investigações, a vítima saiu de casa na companhia do militar.
O cabo Melo chegou a afirmar que Chiquinho estava vivo, e em janeiro de 2012 disse que era amigo pessoal da vítima e tinha certeza que ele iria aparecer até as eleições daquele ano. Três anos após o crime, um inquérito concluiu que a vítima foi assassinada pelo policial. No mesmo julgamento, Melo foi absolvido do crime de ocultação do cadáver.(G1 GRANDE MINAS)


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