O presidente da Associação
Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Moema, Julvan Lacerda (PMDB),
entregou nesta segunda-feira ao presidente da Michel Temer (PMDB) um pedido de
intervenção federal em Minas Gerais. A
justificativa, segundo Julvan, é a situação de atrasos de repasses do governo
do estado para as prefeituras e o fim das possibilidades de diálogo com a
admininistração de Fernando Pimentel. Segundo levantamento da AMM, a dívida já
está acima de R$ 10 bilhões. Ao todo, 18 associações de microrregiões assinam o
pedido.
O presidente
Michel Temer participou hoje de encontro com prefeitos na sede da Confederação
Nacional de Municípios (CNM), em Brasília. No pedido entregue a Temer, Julvan
usa o artigo 34 da Constituição que trata das possibilidades de o governo
federal intervir nos estados, entre elas “deixar de entregar aos municípios
receitas tributárias fixadas, dentro dos prazos estabelecidos em lei”.
“Tentamos o diálogo. Entramos com diversas ações, buscamos apoio de todos os poderes e nada. A dívida do Estado com os municípios só aumenta e já passa dos R$ 10 bilhões. O Estado voltou a confiscar o ICMS semanal e os municípios não aguentam mais”, afirmou.
“Tentamos o diálogo. Entramos com diversas ações, buscamos apoio de todos os poderes e nada. A dívida do Estado com os municípios só aumenta e já passa dos R$ 10 bilhões. O Estado voltou a confiscar o ICMS semanal e os municípios não aguentam mais”, afirmou.
Ainda de
acordo com Julvan, os prefeitos estão passando aperto para fechar as contas e
conseguir arcar com as demandas. “Por isso, estamos aqui, em Brasília,
requerendo essa intervenção ao presidente Temer. A situação é gravíssima e as
prefeituras estão à beira de fechar as portas, desencadeando uma crise sem
precedentes em Minas Gerais”, declarou.
Ainda de
acordo com o presidente da AMM, Michel Temer prometeu tomar providências.
A reportagem
entrou contato com a Advocacia-Geral do Estado (AGE) para se posicionar sobre a
situação, mas até o momento da publicação ainda não havia recebido retorno.
Medida
inadequada e estéril
De acordo com o advogado-geral do
Estado, Onofre Batista, a medida é “inadequada e estéril!”. Isso porque,
segundo ele, essa questão já foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF)
anteriormente e não foi deferida. Ele argumentou que os estados passam por esse
problema e a medida afetaria todos.
“Acredito que a providência pode bem servir quando melhorias podem ser introduzidas, mas em um quadro recessivo e com um desajuste grave e estrutural do federalismo, como agora se verifica, a medida além de tudo seria inadequada e estéril”, afirmou.
“Acredito que a providência pode bem servir quando melhorias podem ser introduzidas, mas em um quadro recessivo e com um desajuste grave e estrutural do federalismo, como agora se verifica, a medida além de tudo seria inadequada e estéril”, afirmou.
Fonte: JORNAL EM.
Comentários
Postar um comentário