Acusado de matar a ex-namorada é condenado a 15 anos de prisão em Montes Claros
Foi condenado a 15 anos de prisão o acusado de matar a
ex-namorada com um tiro no peitoem Montes Claros. Diego Bruno Nunes da Silva,
de 28 anos, foi preso cerca de um mês após o crime,
ocorrido em 2016. O julgamento terminou por volta das 15h30 desta quinta-feira
(29) e durou mais de sete horas.
De acordo com o defensor público responsável pelo
caso, Cantídio Dias de Freitas Filho, Diego Bruno não assumiu a autoria do
crime durante o júri. Foi apresentada uma tese em que o réu poderia ter a pena
agravada por três fatores; ter matado a ex-namorada por motivos não relevantes,
por tê-la surpreendido no momento do crime, o que dificultaria que ela se
defendesse, e por feminicídio, quando se mata uma mulher pela condição de ser
do sexo feminino.
Ainda segundo a defensoria, apenas o crime de
feminicídio foi descartado. “O MP apresentou três qualificadoras, que são
motivos torpe, emprego de recurso apto a dificultar a defesa da vítima e
feminicídio. Pelas duas primeiras ele foi condenado, e o júri entendeu que o
feminicídio não incidiu”, afirma Cantídio Filho.
O crime de homicídio por motivo torpe foi aceito
pelo júri que entendeu que Diego Bruno matou a vítima por ela ter descoberto o
envolvimento dele com drogas e armas, segundo a defensoria. Cantídio Filho
afirmou ao G1 que, a pedido do réu, interpôs recurso de
apelação para que os termos da sentença sejam reavaliados.
Entenda o caso
Ramone de Carvalho, de 16 anos, foi assassinada
dentro de casa, no Bairro Jardim Primavera, e teve o corpo encontrado pela
irmã. Para a Polícia Civil, o crime teria sido passional, já que a adolescente
teria terminado o relacionamento com o suspeito.
A vítima morava na casa da
mãe, que trabalhava em outro município. Segundo as investigações da PC, a
adolescente chegou a contar para familiares que o então namorado guardava armas
e drogas no local. A vítima disse ainda ter visto ele esconder uma pistola nove
milímetros no imóvel, mesmo calibre da munição que a atingiu.
Durante as investigações, Diego Bruno, que já tinha passagens por
tráfico e roubo, afirmou à polícia que na noite do crime estava com uma mulher
em um motel; mas os dois apresentaram contradições durante depoimento.
POR G1 GRANDE MINAS
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