Nem
mesmo as cidades que conseguiram na Justiça a garantia de parte dos repasses do
governo de Minas têm conseguido ajustar as contas. Em São Sebastião do Paraíso,
no Sul de Minas, o prefeito Walker Américo Oliveira (PTB) diz que, mesmo tendo
obtido na Justiça o repasse do ICMS, as contas da prefeitura não fecham. A
ameaça na cidade é interromper a oferta de transporte escolar e, em um grau
mais extremo, cortar o funcionamento da própria prefeitura, pelo menos na parte
administrativa.
“Mesmo
com a decisão favorável do ICMS, não deu para regularizar a prefeitura. Está
arriscado ainda suspender o transporte escolar porque está difícil até comprar
combustível. Chegamos ao ponto em que se a prefeitura não começar a receber em
dia do governo do Estado, a alternativa vai ser fechar as portas em dezembro,
pois não dá para bancar o administrativo”, disse o prefeito.
Em
Pedrinópolis, no Triângulo Mineiro, cidade de 3.490 habitantes, o prefeito
Antônio José Gundim (PSDB) diz que a falta dos repasses do governo, que somam
R$ 2,5 milhões, tem comprometido a folha de pagamento e também pode levar a uma
interrupção provisória dos serviços da prefeitura.
“Nós
temos um custo de R$ 700 mil apenas com a folha de pagamento. Esses R$ 2
milhões que têm faltado são essenciais para isso. Eu não deixei de pagar
servidores porque tenho tirado de outros lugares. Já cortamos da educação e
saúde para arcar com a folha de pagamento. Isso é demais. Se continuar assim, vamos
parar a prefeitura, fazer um fechamento provisório, ou algo assim”, afirma
Gundim.
Também
com receio de ter que cortar atividades da prefeitura, o prefeito de
Luislândia, no Norte de Minas, Edson Rodrigues (PSD), ainda irá recorrer à
Justiça para tentar a garantia dos repasses.
“O
governo nos deve R$ 1,6 milhão. Antes eu não tinha acionado a Justiça, mas
agora vou porque senão vou ter que deixar de pagar salários. Qual será a
solução para não fechar a prefeitura?”, questiona.
http://www.aconteceunovale.com.br/portal/?p=137223
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