Prefeitos de cidades do Norte de MG se reúnem para formalizar recebimento de verbas desviadas por corrupção
Os prefeitos e representantes das cidades de Cônego
Marinho, Itacarambi, Patis e São João da Ponte, ambas do Norte De Minas,
reuniram-se na tarde desta sexta-feira (10) em uma sala do Ministério Público
de Montes Claros para assinarem um convênio firmado com o MP. O documento
formaliza que os municípios devam receber nos próximos dias verbas frutos da
venda dos bens do empresário Marcus Vinícius Crispim, conhecido como Corby. Ele
foi preso pela operação Sertão Veredas de
combate a corrupção em 2013.
Mais de R$ 3 milhões serão distribuídos entre às
prefeituras. A expectativa é de que o dinheiro seja dividido e transferido a
cada uma delas ainda neste mês. A arrecadação e distribuição das quantias é
feita através de um acordo celebrado entre MP e o
acusado, em cooperação processual premiada, no qual Corby se
comprometeu, entre outras obrigações, a instituir uma fundação de recuperação
de recursos desviados.
Segundo informações do Ministério Público, a
fundação deveria se desfazer de bens adquiridos por Corby através de crimes
contra a Administração Pública. Para receber os valores, dinheiro das vendas de
parte dos bens do empresário preso, os prefeitos tiveram que fazer projetos,
mostrando a aplicabilidade do dinheiro. Os projetos foram apresentados ao
Fundação de Promoção da Ética e Cidadania, criado por meio do Ministério
Público.
As obras serão fiscalizadas pela fundação e pelo
Ministério Público.
Entenda
o caso
Há seis anos, na época das investigações, o
Ministério Público e a Polícia Federal desarticularam uma quadrilha que
fraudava licitações e desviava recursos públicos, principalmente por meio de
obras em estradas das cidades de Cônego Marinho, Itacarambi, Patis e São João
da Ponte. Além do empresário Marcus Vinícius, secretários das quatro
prefeituras também foram presos.
O empresário Marcus Vinícius Crispim, preso em 2013 na operação
Veredas 1, foi condenado por fraude em
licitação e por desvio e apropriação de recursos públicos.
Os prejuízos estimados pelo Ministério Público de crimes contra Administração
Pública praticados pela quadrilha nas cidades chegam a R$ 10 milhões.( G1
GRANDE MINAS)
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