A Polícia Civil investiga um esquema
venda de diplomas falsificados em Pirapora e Buritizeiro, no Norte de Minas.
Três pessoas já foram presas por envolvimento na fraude. Um dos presos é um
supervisor escolar, de 36 anos, que foi flagrado falsificando históricos
escolares dentro de uma escola estadual, em Buritizeiro.
"Ele cobrava cerca de R$ 150 por
histórico e confessou ter falsificado cerca de 12 diplomas. Este autor foi
preso em flagrante e permanece no Presídio de Pirapora", explica o
delegado Jéferson Leal.
Segundo o delegado, os documentos
falsificados eram do ensino fundamental e médio, e foram emitidos para pessoas
que precisavam comprovar a escolaridade em exame seletivo de empresas privadas
e órgãos públicos da região. A PC informou ainda que com o suspeito foram
apreendidos diversos históricos falsificados e carimbos usados nos crimes.
"O que chama a atenção é que este homem possui um excelente currículo.
Atualmente ele é mestrando na área de educação", diz o delegado.
As outras duas pessoas detidas, segundo
as investigações, são mãe e filha, de 65 e 26 anos. "As duas confessaram
ter falsificado mais de 30 diplomas. Elas cobravam em média R$ 500 por
documento. Vale ressaltar que a mãe é diretora escolar aposentada e aproveitava
seus conhecimentos para falsificar os diplomas. A filha atuava como meio de
ligação com os compradores. Elas foram ouvidas e liberadas".
A polícia acredita que mais de 100
documentos foram falsificados nas duas cidades. O delegado explica que as
investigações buscam identificar todos os compradores, que podem pegar de dois
a seis anos de prisão. "Sabemos que um dos compradores tentou o concurso
público da PM da Bahia. Inicialmente, sabemos que muitos usaram os documentos
falsos para assumirem cargos públicos, mas tem muita gente contratada por
empresas privadas. Então, fica o alerta para que o contratante verifique a
veracidade dos documentos apresentados". O G1 procurou a Secretaria de Estado de
Educação para apurar qual medida será adotada em relação ao supervisor que foi
preso, mas o órgão ainda não se posicionou.
(G1 GRANDE MINAS)
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