Caminhoneiros se reúnem em Brasília
Autônomos,
trabalhadores e pais de família — é como os caminhoneiros reunidos no
estacionamento do Mané Garrincha, em Brasília, entre a manhã e a tarde deste
domingo (03/06/2018), se definem. Porta-voz nacional da categoria, Wallace
Landim, conhecido como Chorão, explica que a o objetivo da manifestação foi
montar um grupo de discussão com um representante de cada estado. A comissão
analisará o texto do projeto de lei nº 4.860, de 30 de março de 2016, de
autoria da deputada Christiane de Souza Yared (PR-PR). O projeto define normas
para regulação do transporte rodoviário de cargas em território brasileiro,
mas, de acordo com a categoria, precisa mudar em vários pontos. “Temos
benefícios neste momento via medida provisória. Queremos que muitas coisas se
tornem lei”, diz Chorão.
“Montada
a comissão, o grupo definirá uma pauta e a categoria vai decidir a melhor
estratégia”, explica. Entre as mudanças exigidas pelos caminhoneiros estão a
redução de impostos, tarifas de pedágio e melhoria de infraestrutura em postos
da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e estradas do País.
Atualmente, participam da comissão caminhoneiros do DF e Região Metropolitana,
Rondônia, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
“Também
vamos lutar pela gasolina a R$ 3,15 e pelo diesel a R$ 3, porque essa não é uma
reivindicação só nossa. É de todo trabalhador”, destaca Chorão. Motociclistas e
condutores de veículos comerciais também participaram do encontro. “Vieram
poucos caminhoneiros até agora porque a situação financeira também está difícil
para nós”, justifica o líder.
A manifestação no Mané Garrincha foi convocada
pelo líder da categoria no grupo de WhatsApp “Unidos por um transporte”. A
mobilização começou durante a paralisação nacional, que interditou estradas do
Brasil durante 10 dias. “Percebemos que precisávamos nos reorganizar para
buscar soluções efetivas. Com o governo, houve muita conversa e pouca solução”,
defende Chorão.(
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