Presidente de sindicato discorda de proposta e diz que greve continua
LUIZ FERNANDO MOTTA
Nem todos os caminhoneiros se sentiram representados pelo acordo de
suspensão da greve firmado com o governo na noite dessa quinta-feira. De acordo
com o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Minas
Gerais (Sindtac-MG) e da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas e Bens
do Estado de Minas Gerais (Fetac-MG), o governo "pediu trégua" para
uma situação que já vem sendo acompanhada há anos e os protestos devem
continuar.
"Nós não concordamos, a proposta que o governo fez não é uma
proposta. Isso que foi oferecido como benefício já foi proposta de anos e anos
atrás", disse Antônio Reis, que faz frente à federação que representa dez
sindicatos de caminhoneiros em Minas.
Ele conta que o Sindtac-MG e a Fetac-MG estavam na reunião, mas os
representantes não participaram da reunião. "Não conseguimos entrar,
estava muito cheio", conta.
Ele avalia que os manifestantes estão certos em continuar com os
protestos e diz entender que o movimento não concorde em ser representado por
sindicatos.
"Pessoal está certo de estar falando que não quer que sindicato os
represente. Porque toda vez que houve manifestação, eles foram vendidos, eles
não têm que aceitar", diz.
Antônio diz que os caminhoneiros não estão sozinhos e que o governo
teria de tomar uma outra providência de imediato caso queira cessar os
protestos. "O governo vai ter que chegar diante dessa categoria, não só
dos autônomos, mas da população que está aderindo, e tomar uma providência de
imediato", avalia.
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