Polícia Civil realiza operação para combater o furto de energia elétrica e ligações clandestinas
BH
& Região/MG
A Polícia Civil de Minas
Gerais (PCMG) e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) realizaram, na
manhã de hoje (18), uma operação para combater o furto de energia elétrica e
ligações clandestinas. Ao todo, foram inspecionados 12 estabelecimentos
comerciais, sendo que em dez desses foram constatadas irregularidades, além de
oito pessoas responsáveis conduzidas.
A ação foi deflagrada em
Belo Horizonte e nas cidades de Betim e Santa Luzia, na Região Metropolitana,
nos locais mais reincidentes nessa prática criminosa. Nos diferentes alvos, que
incluem franquias de rede de academias, padarias e casa de festa de renome, a
PCMG constatou dois tipos de delitos, o desvio direto de energia – também
conhecido como "gato" – e a adulteração nos medidores de energia.
Conforme explica o Delegado que conduziu a operação, Daniel Buchmüller, no
primeiro caso é tipificado o crime de furto mediante fraude, já pela
adulteração no relógio, pode ser configurado estelionato.
"O que chama a atenção
é a audácia dos responsáveis por esses estabelecimentos, que chegam a realizar
ligações diretas que são ostensivamente visíveis a quem passa pelos
locais", destacou o Delegado. "Por isso, com essa operação visamos
coibir essas práticas criminosas e mostrar que isso tem punição", informou
Buchmüller, adiantando que o furto qualificado mediante fraude tem pena
prevista de um a cinco anos de prisão, enquanto que para o estelionato, de dois
a oito anos.
O Delegado explicou,
ainda, que enquanto no desvio de energia não há pagamento algum pelo serviço,
na adulteração dos medidores a quantia final paga pelas empresas chega a ser de
apenas um terço do valor devido. Na prática, isso chega a gerar um prejuízo de
R$ 10 a R$ 20 mil.
O Coordenador de Operações
da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária, Delegado Matheus
Cobucci, ressaltou também o impacto desses delitos para o consumidor final.
"São crimes que acabam repercutindo no consumidor idôneo, uma vez que a
Cemig é obrigada a tarifar mais pelos serviços em função dessas
irregularidades". Cobucci ainda informou que, atualmente, 14 mil
estabelecimentos comerciais são telemonitorados pelo setor de inteligência da
Cemig no sentido de prevenir fraudes desse gênero.
De acordo com informações
da Cemig, o prejuízo anual de todas as ligações clandestinas chega a R$ 300
milhões. Os estabelecimentos inspecionados tiveram corte imediato de energia, e
técnicos da Cemig já regularizaram as ligações, acrescentou o engenheiro de
Planejamento de Sistema Elétrico da Cemig, Armando Rocha.
Assessoria
de Comunicação – PCMG
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