Oito pessoas são detidas por fraude em processo de habilitação em Jaíba; um vereador está entre os envolvidos
Oito pessoas foram detidas por fraude em processo de habilitação durante uma operação da Polícia Civil em Jaíba, no Norte de Minas, nessa quinta-feira (1). Entre os envolvidos está um vereador da cidade, de 56 anos. A Polícia Civil descobriu que os candidatos estavam matriculados em uma autoescola na Bahia, mas as digitais para aulas práticas e de legislação eram colhidas em uma casa, no Projeto Jaíba. Foram detidos sete candidatos, entre eles o parlamentar, e o dono do imóvel.“Na casa nós apreendemos um computador e um aparelho biométrico. As pessoas não frequentavam as aulas e acreditamos que essa autoescola da Bahia oferecia alguma facilitação para a aprovação dos candidatos, já que cobrava um preço bem acima do mercado e eles ainda tinham que arcar com o custo da viagem”, explica o delegado responsável pelo caso, Ricardo Oliveira. Os candidatos relataram que o pacote cobrado pelo estabelecimento girava em torno de R$ 3 a R$ 5 mil.A Polícia Civil recebeu denúncias anônimas e realizou a operação após monitorar o imóvel, que fica na comunidade NH2. Segundo as investigações, o proprietário da residência, de 36 anos, apenas sedia o local para a coleta das digitais e o líder da quadrilha é da Bahia.“Ele disse que emprestou a casa para essa pessoa há 20 dias e era ela que administrava a coleta da digital. Ainda não identificamos quem seria o chefe desse esquema e será feita uma perícia no computador apreendido”, afirma o delegado.
De acordo com a polícia, a maioria dos candidatos confessou que a aprovação seria facilitada na Bahia e disse que estava com dificuldade para tirar a CNH em Minas. “O vereador disse que tinha conhecimento de que teria que ir no estado da Bahia algumas vezes, mas afirmou não saber que o processo era ilegal”.Os candidatos foram ouvidos e liberados porque, segundo a Polícia Civil, não foram presos em flagrante. O dono da casa foi autuado por fraude em certame de interesse público, mas pagou fiança de R$ 1.500 e foi liberado. Todos os envolvidos serão indiciados pelo mesmo crime, que estabelece pena de 1 a 4 anos.As investigações da Polícia Civil continuam e o inquérito deve ser concluído em 10 dias. As informações serão encaminhadas à polícia da Bahia para apuração da fraude.(g1 grande minas)
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