Cozinheira morta em São Francisco foi estuprada e jogada viva dentro do rio, conclui Polícia Civil
Polícia Civil de São Francisco encerrou o inquérito que investigou o assassinato de uma
cozinheira, ocorrido em 2016, e concluiu que Juliana Meira
Batista França, de 31 anos, foi estuprada e depois jogada viva dentro do Rio
São Francisco. Quatro pessoas, dentre elas uma
mulher, foram indiciadas pelos crimes de latrocínio e
estupro. O Ministério Público ofereceu denúncia e os acusados aguardam presos pelo
julgamento.
"O laudo pericial constatou que
havia muito líquido nos pulmões da vítima. Apesar dela ter sido golpeada por um
machado nas mãos e na testa, o exame concluiu que ela foi jogada ainda viva no
rio, amarrada a sacos de areia”, explicou o delegado Emmanuel Robson Gomes. O corpo da mulher foi encontrado por
pescadores e retirado pelo Corpo de Bombeiros três dias após o crime.
De acordo com a Polícia Civil, a
vítima trabalhava como cozinheira em uma fazenda em São Francisco e no dia do
crime, foi surpreendida pelos criminosos após ter servido o jantar aos
funcionários. Juliana estava no quarto dela quando o grupo chegou e exigiu por
dinheiro e arma. Ainda segundo as investigações, um dos homens já teria tentado
ter um relacionamento com a vítima.
"O roubo e a morte dela foram
premeditados. Eles planejaram tudo, inclusive, deixar um carrinho de mão e um
machado na beira do Rio. Um dos envolvidos confessou o crime e cedeu detalhes
de como aconteceu. A vítima foi imobilizada e estuprada, ainda na fazenda.
Depois disso, foi levada até o bananal, golpeada por duas vezes, colocada no
carrinho de mão e em seguida jogada no rio", detalhou o delegado.
Os quatro criminosos foram presos
mediante mandado de prisão temporária em janeiro. A mulher, que é companheira
de um dos envolvidos, foi detida ao procurar à delegacia.
"A mulher não sabia que tinha
um mandado de prisão contra ela. Efetuamos a prisão, mesmo correndo o risco dos
demais fugirem. Na bolsa dela, já tinha uma passagem para São Paulo comprada
para o dia seguinte. Apenas um deles confessa o crime e acredito que tenha
sido, um pouco, por arrependimento, mas, também, pelos benefícios que ele pode
ter. Os demais, mesmo com provas consistentes, ainda negam o fato. São pessoas
frias", declarou.
Antes do corpo ser encontrado, um
boletim de ocorrência por desaparecimento foi registrado e a polícia ouviu
familiares, patrões, colegas de trabalhos e até ex-companheiros da vítima.
Segundo a PC, havia marcas de sangue na cozinha, em outros ambientes da casa e
que terminavam no rio.
"A fazenda
é enorme, não tinha ninguém por perto. Depois que um deles confessou o crime,
entendemos que após eles pegarem um barco, 'desovarem' o corpo no meio do rio,
eles foram para o outro lado da margem. Em seguida, cada um tomou seu rumo. Foi
um inquérito extremamente complexo, de muitas páginas e que exigiu um esforço
da delegacia", disse.
O data do
julgamento ainda não foi marcado no fórum da cidade. Se condenados, os acusados
podem pegar até 30 anos de prisão.(G1 GRANDE MINAS)
Comentários
Postar um comentário