Alunos da Creche Gente Inocente retornam às aulas após 15 dias do ataque em Janaúba
Os
alunos da Creche Gente Inocente, incendiada pelo vigia Damião
Soares dos Santos, retornaram às aulas na manhã desta quinta-feira (19),
após 15
dias do ataque em Janaúba. De acordo com a pedagoga do turno matutino,
Eliane Santos, 26 crianças, entre 2 e 5 anos, compareceram ao prédio,
no Bairro Veredas; cinco crianças que presenciaram o ataque aos alunos
participam das atividades. Na quarta (18), profissionais da educação,
psicologia e segurança se reuniram com os pais e a promotoria da Vara da
Infância.
As
aulas começaram às 7h e seguem até às 17h. No dia do ataque, 75 crianças
estavam na creche e participavam de atividades comemorativas à Semana da
Criança; 11 pessoas morreram. Foram nove crianças, a professora Helley
Abreu Batista, considerada heroína por salvar a vida de muitas crianças, e
o vigia. Professores e voluntários prepararam o espaço para a recepção. O
ambiente colorido e o engajamento dos profissionais ajudaram no recomeço.
Preparação
Professores
e profissionais da educação passaram por uma preparação de retorno às aulas. Na
segunda-feira (16), todos os profissionais da educação tiveram um dia de
reflexão; um diácono da igreja falou sobre a questão espiritual e, na
sequência, uma psicóloga participou da atividade. “Esta psicóloga nos orientou
sobre o momento de luto, que temos de passar, sobre o medo e, acima de tudo,
disse da importância de falarmos a verdade para as crianças”, disse.
Na
terça-feira (17), a mesma psicóloga se reuniu somente com os profissionais da
Creche Gente Inocente. “Foi um momento de escuta, de ouví-las, para avaliação
no retorno. Neste mesmo dia, as professoras começaram os trabalhos de
ornamentação e organização das voltas, que durou até a quarta-feira”,
completou.
Na
quarta, por volta das17h, os pais foram conhecer as novas instalações. A
promotora da infância e juventude participou da reunião. “O MP está
acompanhando todo o caso, inclusive a pedagógica. Haverá uma reunião
entre a promotoria e as famílias”, concluiu.
G1
GRANDE MINAS
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