Grávidas receberão repelentes com mais de um ano de atraso
AGÊNCIA ESTADO
A distribuição de repelentes para
gestantes beneficiárias do Bolsa Família deve começar em março, mais de um ano
depois do que havia sido prometido pelo Ministério da Saúde. A partir do dia
24, a empresa vencedora de um pregão promovido pela pasta deve entregar aos
Estados as primeiras remessas do produto, considerado uma ferramenta importante
para a prevenção da síndrome congênita provocada pelo zika.
Se confirmado o cronograma
estabelecido pelo governo, os repelentes vão chegar em meio ao aumento de casos
de doenças relacionadas ao Aedes aegypti. É justamente no verão que a
incidência de dengue, chikungunya e zika se eleva. Além da zika, o temor é que
este ano haja um aumento expressivo de casos de chikungunya, que pode provocar
também doenças graves no bebê. Para especialistas ouvidos pela reportagem, o
ideal seria que o produto começasse a ser distribuído logo no início do verão.
O primeiro anúncio de que o
governo faria a distribuição de repelentes como forma de se tentar conter o
avanço da microcefalia provocada pelo zika foi feito em dezembro de 2015. O
então ministro Marcelo Castro afirmara que a medida seria estendida a todas as
gestantes. Um mês depois da declaração, o alcance da estratégia foi reduzido
para o grupo de grávidas atendidas pelo Bolsa Família e o prazo para o
cumprimento da medida, adiado várias vezes.
A primeira
data prevista para o cumprimento da promessa era fevereiro de 2016. A entrega no dia 24 nos Estados, no
entanto, é apenas o primeiro passo até a chegada do produto nas mãos das
beneficiárias. O governo estima que o produto comece a ser entregue às mulheres
grávidas da Bolsa Família a partir de março. O pré-natal, por outro lado, é feito
nas unidades de saúde. A alternativa encontrada foi deixar a decisão a critério
das prefeituras.
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