MPF identifica 48 mil beneficiários suspeitos do Bolsa Família em Minas
O Ministério Público
Federal (MPF) divulgou, nesta sexta-feira (11), que encontrou mais de 48 mil
perfis de beneficiários do Bolsa Família suspeitos em Minas Gerais. A maioria deles são empresários, segundo o MPF. Os pagamentos a esses
beneficiários suspeitos somam mais de R$ 174 milhões no estado, o que
corresponde a 2,65% do total. Um pente-fino feito pelo Ministério
do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) encontrou irregularidades em 1,1
milhão de benefícios do programa Bolsa
Família. As irregularidades representam 7,9% dos 13,9 milhões de
benefícios. Em todos os casos, foi constatado que a renda das famílias era
superior à exigida para a participação no programa.
O
Bolsa Família é voltado para famílias em extrema pobreza, com renda per capita
mensal de até R$ 85,00, e para famílias pobres, com renda mensal entre R$ 85,01
e R$ 170 por pessoa.
Em
Minas Gerais, a investigação do MPF identificou que dos 48.524 perfis sob
suspeição, 45.762 são de empresários, 3.471 de servidores públicos com famílias
até quatro pessoas, além de falecidos e doadores de campanhas eleitorais. Botumirim, no Norte do estado, é a cidade
com o maior número de beneficiários suspeitos (14,79%), seguido de Maripá de Minas (10,42%), Grupiara (7,97%).
Apenas Arapuá, no Alto Paranaíba, não teve
nenhum benefício suspeito.
A
investigação, que tem o nome de Raio-X Bolsa Família, divulgou o resultado de
todas as cidades brasileiras no site www.raioxbolsafamilia.mpf.mp.br.
COM INFORMAÇÃO DO G1 GRANDE
MINAS
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