Analfabetismo em cidade do Norte de MG chega a quase 20% dos eleitores
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, para
as eleições de 2016, estatísticas atualizadas do eleitorado de cada município
brasileiro. Os dados estão disponíveis no portal do órgão, e as cidades do
Norte de Minas têm informações que chamam atenção pelos contrastes nos números.
Na pesquisa do TSE foram levantados, além da quantidade exata do número de eleitores, índices de escolaridade da população, faixa etária, sexo e outras características. Montes Claros, o maior colégio eleitoral da região, tem 262.496 votantes. Os analfabetos representam 4,79% dos eleitores do município. Em contraponto, Rio Pardo de Minas, com o eleitorado bem menor, 21.135 pessoas, tem 19,45% de analfabetos aptos a votar.
Para o cientista político Gilmar Ribeiro, o modelo de desenvolvimento concentrador do Brasil tem relação direta com o analfabetismo. “Sabemos que o acesso à educação no país está diretamente ligado ao poder aquisitivo. O Brasil tem dificuldade de distribuir. Infelizmente, as rendas dos municípios estão limitadas ao funcionalismo público, aposentadoria e programas do governo. Não tem indústria, serviços, então a educação fica em segundo plano. As pessoas que crescem saem da cidade e o interior fica paralisado”, argumenta.
Apesar da tendência explicada pelo cientista, a cidade de Pirapora tem 41.109 eleitores e apenas 3% de analfabetismo. Gilmar afirma que índices entre 2 e 3% são aceitáveis e uma meta para o Brasil, que tem população de 9% de pessoas que não leem ou escrevem. “A meta do milênio era reduzir o analfabetismo. Países de baixo poder aquisitivo, como Cuba, tem menos analfabetos que o Brasil. É lamentável que isso ocorra. O ideal é que se mexa no modelo de desenvolvimento e se distribua renda”, afirma.
Ribeiro garante que avanços tímidos têm acontecido. Segundo ele, na última década as regiões Norte e Nordeste do país cresceram mais, em proporção, do que o sudeste. “Reconheço uma melhora, em termos regionais. Ainda assim, é algo muito tímido. Se continuarmos neste ritmo, vai demorar décadas e décadas para que consigamos diminuir consideravelmente o analfabetismo e melhorar o acesso à educação. As pessoas não veem, mas a questão é política e, para descontruir a renda regionalmente, as medidas precisam ser impostas”, conclui.
Em maioria, os municípios norte-mineiros têm o número de analfabetos maior que 10% do colégio eleitoral. A pesquisa do TSE “Estatísticas Eleitorais 2016 – Eleitorado” está disponível no portal do tribunal.(g1 grande minas)
Na pesquisa do TSE foram levantados, além da quantidade exata do número de eleitores, índices de escolaridade da população, faixa etária, sexo e outras características. Montes Claros, o maior colégio eleitoral da região, tem 262.496 votantes. Os analfabetos representam 4,79% dos eleitores do município. Em contraponto, Rio Pardo de Minas, com o eleitorado bem menor, 21.135 pessoas, tem 19,45% de analfabetos aptos a votar.
Para o cientista político Gilmar Ribeiro, o modelo de desenvolvimento concentrador do Brasil tem relação direta com o analfabetismo. “Sabemos que o acesso à educação no país está diretamente ligado ao poder aquisitivo. O Brasil tem dificuldade de distribuir. Infelizmente, as rendas dos municípios estão limitadas ao funcionalismo público, aposentadoria e programas do governo. Não tem indústria, serviços, então a educação fica em segundo plano. As pessoas que crescem saem da cidade e o interior fica paralisado”, argumenta.
Apesar da tendência explicada pelo cientista, a cidade de Pirapora tem 41.109 eleitores e apenas 3% de analfabetismo. Gilmar afirma que índices entre 2 e 3% são aceitáveis e uma meta para o Brasil, que tem população de 9% de pessoas que não leem ou escrevem. “A meta do milênio era reduzir o analfabetismo. Países de baixo poder aquisitivo, como Cuba, tem menos analfabetos que o Brasil. É lamentável que isso ocorra. O ideal é que se mexa no modelo de desenvolvimento e se distribua renda”, afirma.
Ribeiro garante que avanços tímidos têm acontecido. Segundo ele, na última década as regiões Norte e Nordeste do país cresceram mais, em proporção, do que o sudeste. “Reconheço uma melhora, em termos regionais. Ainda assim, é algo muito tímido. Se continuarmos neste ritmo, vai demorar décadas e décadas para que consigamos diminuir consideravelmente o analfabetismo e melhorar o acesso à educação. As pessoas não veem, mas a questão é política e, para descontruir a renda regionalmente, as medidas precisam ser impostas”, conclui.
Em maioria, os municípios norte-mineiros têm o número de analfabetos maior que 10% do colégio eleitoral. A pesquisa do TSE “Estatísticas Eleitorais 2016 – Eleitorado” está disponível no portal do tribunal.(g1 grande minas)
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