Os prefeitos do Norte de Minas somente assinarão o convênio para transportar os alunos da rede estadual de ensino se o valor apresentar reajuste de 30%.
Fonte Gazeta Norte Mineira
Os prefeitos do Norte de Minas somente
assinarão o convênio para transportar os alunos da rede estadual de ensino se o
valor apresentar reajuste de 30% em relação ao ano passado. A decisão foi tomada
durante assembleia da Associação dos Municípios do Médio São Francisco
(Ammesf), realizada na tarde de ontem. A decisão será comunicada à Secretaria
Estadual de Educação e ao Ministério Público, pois alegam que o valor repassado
no ano passado deu para cobrir no máximo 50% da despesa. A partir de hoje os
prefeitos tentarão convencer os seus outros colegas a participarem dessa
mobilização.
Na reunião, foi discutida a
possibilidade das Prefeituras paralisarem todos os serviços nos dias 6, 7 e 8
de maio, durante o Encontro Mineiro dos Municípios, em Belo Horizonte. Apesar
da proposta obter apoio de vários prefeitos, com alguns propondo que o protesto
ocorresse por seis dias, a decisão final será tomada apenas na primeira semana
de maio, se tiver o respaldo da Associação dos Municípios da Área Mineira da
Sudene (Amams), que se recusou a participar da mobilização de ontem, com o
argumento de que o Estado já tinha apresentado uma proposta para o transporte
escolar.
Na abertura da reunião, o presidente da
Ammesf, Denilson Silveira (PC do B), prefeito de Francisco Sá, mostrou que o
Estado comunicou estar repassando o mesmo valor do ano passado, em parcelas de
R$ 100 mil. Ele lembrou que isso é péssimo, pois não cobre as despesas. No seu
município, os próprios vencedores da licitação se recusarão a continuar
executando o transporte dos alunos, pois a Prefeitura não tem como pagar os
meses de março e abril. Ele lamentou que a arrecadação municipal esteja caindo
cada vez mais.
No município de Buritizeiro, a Prefeitura
suspendeu o transporte dos alunos da rede estadual, pois na parte da manhã faz
o serviço com os alunos da rede municipal. Na cidade de Josenópolis, a
suspensão será obrigatória, pois a Controladoria Geral da União observou que os
ônibus são de 1995 e exigiu que fosse trocada por frota de 2008. Além disso,
considerou o valor de R$ 2,80 por quilômetro rodado muito caro. Como os
vencedores não podem comprar ônibus mais novo e não concorda com o valor, o
serviço será paralisado.
Depois de muitas discussões, os
prefeitos deliberaram em comunicar ao Ministério Público a decisão de não
assinarem o convênio com o Estado, caso os valores sejam os mesmos, para se
resguardarem de qualquer medida; assim como oficializarão ao Estado que esperam
uma majoração. Se não ocorrer, suspenderão em definitivo o transporte
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