AGÊNCIA BRASIL
A Polícia
Federal apreendeu R$ 3,1 milhões na nona fase da Operacão Lava Jato, deflagrada
na quinta-feira (5). A quantia foi encontrada na sede da empresa Arxo
Indutrial, em Santa Catarina, durante o cumprimento dos mandados de buscas e
apreensões autorizados pelo juiz federal Sérgio Moro.
De acordo com balanço divulgado hoje
(7), os agentes também encontraram notas de dólares e euros, além de 500
relógios de luxo. Os valores foram depositados em uma conta judicial na Caixa
Econômica Federal.
A PF discriminou que foram apreendidos
valores em reais (R$ 1,276 milhão), dólares (US$ 629,6 mil), euros (53 mil) e
pesos argentinos (82).
Segundo o advogado dos sócios da
empresa, Leonardo Pereima, os valores encontrados eram para o pagamento de
funcionários e de pró-labore de um dos sócios da empresa.
Para o Ministério Público Federal,
Gilson João Pereira e João Gualberto Pereira, sócios da Arxo, e Sergio Ambrosio
Marçaneiro, diretor-financeiro, pagavam propina para obter contratos com a BR
Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Todos estão presos na Superintendência
da Policia Federal em Curitiba.
No dia 16 de janeiro, Cíntia Provesi
Francisco, ex-funcionária do departamento financeiro, procurou o Ministério
Público Federal (MPF) voluntariamente para denunciar os executivos. Aos
investigadores, ela relatou que a empresa pagava propina de 5% a 10% nos
contratos com a BR Aviation, divisão da Petrobras que atua no abastecimento de
aeronaves.
Segundo Pereima, os sócios da empresa
nunca pagaram propina para a Petrobras e não tiveram contato com o ex-gerente
da estatal Pedro Barusco e nem com o ex-diretor de Serviços Renato Duque. Para
a defesa, as acusações decorrem apenas de vingança da ex-funcionária, demitida
por desviar cerca de R$ 1 milhão, segundo ele.
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