SURUBIM DE 40 QUILOS ENCONTRADO MORTE NO RIO
JORNAL O TEMPO
Dono há 25 anos de um rancho na cidade de São Francisco, no Norte do
Estado, o comerciante Benedito Hermenegildo Moreira, de 49 anos, o Gildo, se
assustou com a situação do Velho Chico neste fim de semana. Com o nível muito
baixo, o rio já não serve como meio de transporte para muitos barcos e
impurezas matam peixes e assustam os pescadores, principais turistas da região.
"Nunca tinha visto ele nesse estado. Cada ano que passa o rio está
pior. Achei inclusive um surubim de uns 40 Kg morto na margem, sem falar nos
vários outros que vimos descendo no leito do rio", relatou o comerciante,
que também é pescador. Assustado, ele resolveu fazer fotos e divulgar, com o
objetivo de pressionar as autoridades a tomarem medidas para salvar o principal
rio de Minas Gerais.
As imagens foram feitas na região conhecida como Barreira dos Índios, a
cerca de 23 km de São Francisco. "O nível está muito baixo, muito
assoreado. Até mesmo o pessoal que fiscaliza o meio ambiente encontra
dificuldade para percorrer o rio e analisar a situação. O problema dos peixes é
que as matrizes, que fazem a manutenção dos peixes da região, estão morrendo e
a população vai só diminuindo. Estão dizimando os peixes", contou Gildo.
Os peixes que morrem
são os sem escama, que costumam ficar no barro. "Geralmente surubim,
cascudo. Mas é uma quantidade muito grande que está morrendo. Tenho recebido
muitos relatos dos moradores", falou. João afirma que há anos vem
alertando os governos a respeito dos problemas hídricos, mas que pouco é feito.
"É um assunto muito sério, mas é culpa da falta de planejamento, falta de
reparo e fiscalização das empresas".
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