foto aérea da cidade de Itacarambi, Norte de Minas
Por Vailton
Ferreira com informação do Jornal HD
O terror na queda do Fundo de Participação
dos Municipios(FPM) pode afetar 70% das 853 prefeituras do Estado de Minas
Gerais. As prefeituras tentam achar saída para honrar
despesas e o 13º salário. Arrecadação menor e alta da inflação farão cair o repasse
do FPM.
Com toda esta fumaça negra que paira sobre
esses municípios, as prefeituras têm tomado alguns paliativos para sanar a
situação.
No município
de Itacarambi,
o Prefeito Ramon Campos(PDT), reduziu em 30% os salários dos funcionários
comissionados. Efetuando também varias demissões. A medida tomada poderá salvar
o pagamento do 13º salário. A medida tomada pelo prefeito chegou em tempo para
que todos possam ter um final de ano com dinheiro no bolso. A medida de
contenção de despesa continua até que a situação possa se amenizada.
Em
Brasília de Minas,
no Norte do Estado, o prefeito Jair Oliva Júnior (PT) terá que enfrentar, além
da crise de estiagem, o buraco nas contas do caixa. Como alternativas para sair
do sufoco, ele prevê o corte de gastos da administração pública e, se preciso,
de serviços.
“Já passamos aperto com apenas um
caminhão-pipa do Exército e dois da prefeitura porque só conseguimos atender
aquém do que deveria ser feito. E se o FPM não acompanha a alta das despesas,
como os reajustes do salário mínimo e o aumento do preço de insumos,
especialmente de remédios, a tendência é que o 13º fique atrasado mesmo”, disse
o petista.
Nos municípios mineiros, a crise impôs perda
de receitas, por meio do FPM. São cerca de 600 cidades, com menos de 10 mil
habitantes, que dependem do Fundo para pagar as contas.
“Dentro da estimativa da Confederação
Nacional dos Municípios (CNM), teremos redução do FPM de 3,5%, pela alta da
inflação e queda da arrecadação. Os piores resultados do governo federal se
refletem no FPM e, no caso de Minas, a redução será de 10%. As pequenas cidades
vão sentir de forma dura”, afirma o presidente da AMM, Antônio Andrada (PSDB).
O índice oficial de inflação, o IPC-A (IBGE),
acumulada nos últimos 12 meses, de setembro a setembro, já atingiu 7,12%,
ultrapassando o teto da meta do governo, que é de 6,5%.
Dados da Secretaria Nacional do Tesouro
apontam que o valor total do repasse do FPM será de R$ 81,5 bilhões a todos os
municípios brasileiros, em vez dos estimados R$ 85,4 bilhões previstos na Leio
Orçamentária Anual deste ano. Em Minas, dos R$ 9,1 bilhões aguardados, o valor
deverá fechar em R$ 8,2 bilhões.
Nesta terça(4), o Congresso Nacional vota uma
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe o aumento do FPM em 1%. Um percentual
muito baixo no indicativo da crise que tem assolado todo o Norte de Minas. O governo
federal tem que enxergar com mais exatidão esta situação.
Comentários
Postar um comentário