BRUNA CARMONA(JORNAL O TEMPO)
A Polícia Federal e o Ministério Público de
Minas Gerais entraram com uma representação na Justiça de Januária, no Norte de
Minas, pedindo nova prisão preventiva de Maurílio Arruda, ex-prefeito da
cidade, por descumprimento de prisão domiciliar.
Arruda teve a prisão preventiva decretada em
junho deste ano depois de ser detido durante a Operação Exterminadores do
Futuro, e desde agosto estava em prisão domiciliar. De acordo com o delegado da
Polícia Federal Marcelo Freitas, responsável pelo caso, ele é suspeito de
participar de um esquema de desvio de recursos destinados a construção e
reforma de escolas municipais em Januária.
Segundo Freitas, uma denúncia anônima levou
os agentes da Polícia Federal a iniciar o monitoramento da casa de ×Arruda, em Montes Claros,
também no Norte de Minas. Segundo o
denunciante, o ex-prefeito estaria saindo do imóvel com frequência e até
viajando para fazer campanha política, já que concorre ao cargo de deputado
estadual nas eleições deste ano.
A residência foi monitorada durante três dias
no início de setembro e a polícia constatou o descumprimento do regime de
prisão domiciliar, comprovado por meio de fotos que foram anexadas a um
documento da Polícia Federal entregue à Justiça.
Prisão domiciliar
Segundo Marcelo Freitas, depois de ter
pedidos de habeas corpus negados pelo Tribunal de Justiça
de Minas Gerais e pelo ×Superior Tribunal de
Justiça, Arruda, que é advogado, recorreu ao Supremo Tribunal Federal. O órgão
concedeu liminar convertendo a prisão preventiva do suspeito em prisão
domiciliar, sob a justificativa de que, por ser advogado, não poderia ficar
detido em uma cela comum.
Assim, em agosto deste ano, depois de cumprir
menos de dois meses da prisão preventiva, o ex-prefeito deixou a penitenciária
Nelson Hungria, em ×Contagem, na região
metropolitana, e passou cumprir prisão domiciliar em Montes Claros.
Pedido
Caso a Justiça acate o pedido feito na
representação, Arruda será novamente conduzido a um presídio.
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