Médica de Juiz de Fora não mandou cortar pênis de ex-noivo, diz defesa

                             A MÉDICA QUE MANDOU CORTAR O PÊNIS DO EX-NOIVO
JORNAL O TEMPO
O depoimento do homem que cortou o pênis de um jovem em Juiz de Fora, na Zona da Mata, pode absolver a médica Myriam Priscilla de Rezende Castro, de 34 anos. Segundo a defesa da mulher, que foi condenada como mandante do crime, Flávio Natal de Araújo afirmou que ela e o pai não teriam envolvimento com o caso. A informação foi passada pelo advogado de defesa no início da tarde desta quarta-feira (12).
Marcelo José Cerqueira Chaves explicou que Araújo disse em setembro do ano passado que um outro homem teria mandado mutilar o órgão por causa de uma desavença com a vítima.
“Ele já passou o nome e sobrenome do mandante. A defesa pediu uma revisão criminal e, no próximo dia 14, vai acontecer uma fase de julgamento e a Myriam pode ser absolvida”, disse Chaves.
Quando questionado por qual motivo o réu não fez a revelação antes, uma vez que o caso aconteceu em 2002, o advogado disse que Araújo pensou que não haveria condenação.
"Ele pensou que o caso não ia chegar a esse ponto. Quando percebeu que pessoas inocentes pagariam por um crime", contou.
Caso a decisão não seja favorável, o advogado vai pedir a inserção da cliente no regime semiaberto, a qual ela foi condenada. Nesse regime, ela poderia exercer a medicina durante o dia.
A médica chegou em Belo Horizonte no fim da noite dessa terça-feira (1º) após ser presa saindo de um condomínio de luxo em Pirassununga, no interior de São Paulo. Ela está na Penitenciária Feminina Estevão Pinto, na região Leste da capital mineira.
Caso
Em 2002, Myriam foi condenada a seis anos de prisão por ter contratado dois homens para agredir Wendel José de Souza, que havia rompido o noivado três dias antes do casamento.
A mulher teria contado com a ajuda do pai, Walter Ferreira de Castro, atualmente com 76 anos. Além disso, antes do crime, a médica teria incendiado a casa e o veículo na vítima.
No dia do crime, Souza estava acompanhado do irmão, que chegou a desmaiar ao ver a cena. Após o crime, a acusada foi para Barbacena e continuou trabalhando como clínica geral até o fim de 2013.
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