COM INFORMAÇÃO DO JORNAL O TEMPO
Cerca
de 1.700 alunos – de um total de 40 mil – da rede estadual de educação de
Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, ficarão sem transporte escolar a
partir desta terça-feira (1). De acordo com o prefeito, Ruy Muniz (PRB), a
decisão foi tomada porque o repasse feito em janeiro pela Secretaria de Estado
de Educação (SEE) à Secretaria Municipal de Montes Claros é insuficiente para
fornecer o benefício.
De acordo com o prefeito, os
R$ 1,024 milhão repassados à cidade em janeiro não atendem as necessidades dos
estudantes, que são de R$ 2,810 milhões, segundo estimativa dele. Ainda segundo
Muniz, em setembro de 2013, quando o prefeito anunciou a previsão orçamentária
de investimentos na educação, a secretária estadual de Educação, Ana Lúcia
Gazzola, disse que o repasse poderia chegar a R$ 1,170 milhão.
O prefeito explicou que a
medida objetiva pressionar o governo a repassar o valor que a cidade precisa
para atender as necessidades da educação. “Montes Claros é o primeiro município
do Estado a tomar essa medida de suspensão. Espero que outros se posicionem da
mesma forma”, afirmou.
Há um mês, a Secretaria
Municipal de Educação de Montes Claros enviou notificação oficial à secretária,
que ainda não fez uma contraproposta, segundo o prefeito.
Prejuízo
Ainda conforme ele, a suspensão
do transporte ocorrerá apenas na zona rural, pois os gastos para manter o
transporte na cidade são menores. A maioria dos prejudicados estuda na zona
rural da cidade, no turno da noite.
João Luiz Silvério, 18, aluno
da Escola Caio Lafetá, localizada no distrito de Ermidinha, é um dos afetados.
“A falta do transporte escolar dificultará muito minha ida à escola. Vou gastar
o dobro do tempo para ir e voltar, já que passarei a depender de outras formas
de locomoção”, lamentou.
Procurada, a SEE não se
posicionou até o fechamento desta edição.
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