A MENINA QUE FOI ESTUPRADA E MORTA
O MONSTRO DE ITAOBIM.
O MONSTRO DE ITAOBIM.
Por Jornal O tempo
Um crime bárbaro chocou os moradores de Itaobim e
Medina, no Vale do Jequitinhonha, nesse domingo (26). Durante uma festa, uma
menina de apenas 9 anos foi estuprada e morta por estrangulamento. O suspeito,
um homem de 32 anos, foi preso nessa segunda-feira (27).
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia
Militar, a denúncia foi realizada pela mãe de Emilly Daniely Marques Lima. A
mãe da vítima contou que estava em um evento na Fazenda Cilindro, na zona rural
de Itaobim, junto com a filha quando percebeu que a menina havia desaparecido.
Outras pessoas que estavam na festa contaram à Edna
Aparecida Marques de Souza Lima que a garota foi vista conversando com
Gislândio Rodrigues Esteves e, em seguida, os dois seguiram para os fundos do
imóvel.Quando a mãe e os militares chegaram ao local indicado encontraram o
corpo de Emilly próximo a um lago. A menina apresentava sangramento na vagina e
marcas de estrangulamento. Após o crime, o suspeito fugiu, mas foi encontrado
24 horas depois no bairro Vila Rica, próximo a casa de uma tia. Ele foi levado
para a delegacia de Pedra Azul.
Na delegacia, Esteves contou como tudo
aconteceu. Segundo ele, durante a festa, a menina chegou no espaço em que ele
estava com outras crianças e tinha uma mesa de sinuca. Ela teria pedido para
que o homem a ensinasse jogar e, em seguida, disse que queria conhecer a
represa.
Nesse momento, ele pensou em estuprar a criança e
saiu de mãos dadas com ela. No entanto, como percebeu que estava sendo levada
para um lugar ermo, a garota pediu para voltar, mas como não foi atendida
começou a gritar por socorro. Com medo de ser descoberto, ele começou a apertar
o pescoço de Emilly.“No primeiro momento, Esteves disse que introduziu os três
dedos da mão direita na vagina da menina. No entanto, negou que tenha penetrado
o pênis na vítima”, explicou a delegada responsável pelo caso, Ana Carolina
Santana.
Após a primeira versão de dele, a delegada recebeu
as fotos da menina e percebeu que o depoimento não batia com as imagens do
corpo da menor.
“Eu chamei ele novamente na minha sala e, mais uma
vez, perguntei o que, de fato, havia acontecido. O suspeito contou que,
primeiro, usou dois dedos para rasgar a vagina de Emilly e, depois, usou os
outros dedos para fazer movimento no órgão sexual dela por cerca de três
minutos”, disse Ana Carolina.
Além disso, o suspeito contou que antes do crime
tinha consumido bebidas alcoólicas e feito uso de pedras de crack e
porções de cocaína. A cocaína, segundo ele, foi oferecida na festa e outras
pessoas também usavam.“Nós ficamos estarrecidos como o relato. Em nenhum
momento ele se mostrou arrependido. O suspeito, que já matou um homem durante
uma briga de bar e tem várias passagens pela polícia por roubo e furtos, foi
indiciado, a princípio, por estupro de vulnerável e homicídio qualificado por
asfixia”, contou Ana Carolina.
Após os trabalhos da perícia, o corpo da vítima,
que morava com a família em Medina, foi levado para o Instituto Médico
Legal (IML). O sepultamento da garota acontece nesta terça-feira (28).
Revolta
O caso gerou indignação nos moradores das duas
cidades, que, juntas, têm aproximadamente 42 mil habitantes. Durante a prisão
de Esteves, os policiais tiveram que montar um forte esquema de segurança para
que o homem não fosse linchado. Moradores reviraram a casa da mãe do homem e
tentaram invadir o quartel de Itaobim, para onde ele foi levado logo depois da
prisão. Pelas redes sociais, parentes e amigos da menina ficaram
revoltados com a história. Entre muitas mensagens, os internautas cobravam
justiça e se referiram ao homem como “psicopata”, “monstro”, “assassino”.
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