Produtores Rurais da região de
Itacarambi estão preocupados com a suposta invasão de índios nas propriedades e realizam protestos.
MANIFESTANTES VESTEM CAMISETAS"FORA FUNAI"
Por Vailton Ferreira
Produtores rurais
organizaram protesto em Itacarambi neste sábado(21) contra a indústria das
invasões indígenas: Remanso, Marrecas, Trairas, São Bernardo e outras
Comunidades se concentraram no Cais do Água Viva. Centenas de produtores
puderam expor a manifestação contra a atitude das invasões, vestindo camisetas, FORA FUNAI, os manifestantes saíram em passeata pelas ruas da cidade,
gritando fora as invasões.
Várias lideranças das
comunidades, reclamaram
“Estamos aqui para a sociedade ouvir o pedido de socorro do produtor rural”, afirmou um líder . Ao fazer referência à fazenda São Judas de Varzea Grande ocupada pelos indígenas, o dirigente justificou quem produz também tem história na região. “Vamos valorizar a história e a origem de quem foi prejudicado. Não é justo querer invadir as propriedades dos produtores como ocorreu em Varzea Grande. Não vamos sossegar enquanto não houver resposta concreta da parte da Funai.
“Estamos aqui para a sociedade ouvir o pedido de socorro do produtor rural”, afirmou um líder . Ao fazer referência à fazenda São Judas de Varzea Grande ocupada pelos indígenas, o dirigente justificou quem produz também tem história na região. “Vamos valorizar a história e a origem de quem foi prejudicado. Não é justo querer invadir as propriedades dos produtores como ocorreu em Varzea Grande. Não vamos sossegar enquanto não houver resposta concreta da parte da Funai.
O protesto foi
pacifico, enquanto o desespero domina famílias de agricultores que se alarmaram
com o burburinho divulgado na cidade. Dizendo que os índios estariam vindo para
a zona urbana. O clima na cidade ainda é de muita preocupação, devido os
comentários. A Comunidade do Remanso é que mais preocupa os moradores. A Polícia
Militar acompanhou de perto o protesto realizado pela Associação do moradores
das Margens dos Rios Itacarambi e Peruaçu.
Enquanto o impasse
da justiça continua lento, a ocupação da Fazenda São judas é um impasse para
que os produtores rurais das Comunidades de Itacarambi, sentem-se acuados e indecisos.
Na semana
passada As principais lideranças da comunidade indígena Xakriabá
estiveram reunidas com o Ministério Público Federal na tarde de segunda-feira
(16), em Montes Claros A reunião,
que foi solicitada pelos índios, teve como finalidade discutir assuntos de
interesse da comunidade, como saúde e questões territoriais.
Segundo o procurador, essa ação foi
revogada, uma vez que não atendia o estatuto do índio, que prevê a intimação
prévia da Funai e da União. "Fizemos uma petição de revogação dessa
liminar, que foi prontamente atendida, uma vez que a ação não respeitava o
estatuto, e por isso o Ministério Público ainda não se manifestou. Agora vamos
aguardar o julgamento da questão do mérito, que será feito na 2ª Vara
Federal", diz.
De acordo com o advogado que
representa os índios, André Alves de Souza, a reunião foi bastante positiva,
uma vez que o Ministério Público assegura os interesses dos índios. "O
objetivo dessa reunião foi levar ao MP algumas preocupação da comunidade
indígena, que teme que os conflitos sejam acirrados depois da revogação dessa
liminar", diz.
Já no lado de cá ninguém consegue dizer
alguma palavra positiva para os agricultores que estão querendo saber a verdade
referente as ameaças que vem recebendo de uma possível invasão dos indígenas.
Atualmente,
segundo a Funai, há duas terras indígenas já regularizadas na região: a
Xacriabá, com 46.416 hectares, e a Xacriabá Rancharia, com 6.798 hectares. Os
xacriabás, no entanto, ainda reivindicam a regularização de uma nova área. Em
2007, a Funai iniciou novos estudos para identificação e delimitação da área.
De acordo com a assessoria da fundação, vinculada ao Ministério da Justiça, o
relatório de identificação e delimitação da área foi previamente aprovado pela
Coordenação-Geral de Identificação e Delimitação da Funai. A expectativa do
órgão é que, em breve, o resumo do Relatório Circunstanciado de Identificação e
Delimitação seja publicado no Diário Oficial da União.
CENTENAS DE PESSOAS COMPARECERAM NO PROTESTO
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