Fraude na distribuição de água no Norte de Minas
O Exército fiscalizou na terça-feira (13) a distribuição de água
por carros-pipa em Brasília de Minas, no Norte do Estado, e constatou as
irregularidades apontadas publicada na semana passada.
Mesmo remunerados para percorrer, semanalmente, comunidades rurais
mais afetadas pela estiagem, a periodicidade da entrega da água não é
obedecida.
De acordo com o 55º Batalhão
do Exército, responsável pela operação de distribuição de água no Norte Minas,
os “pipeiros” responsáveis serão identificados e poderão ser expulsos do
programa, sem a possibilidade de se candidatarem novamente para
a prestação do serviço.
“Se comprovada, por exemplo,
a venda de água, o responsável poderá responder também judicialmente,
pelo crime de venda ilegal de patrimônio público”, disse o tenente-coronel José
Rubens Marques.
Um sorteio ajuda a escolher o
pipeiro, que trabalha de forma terceirizada no abastecimento gerenciado pelo
Exército. Conforme o Ministério da Integração Nacional, pessoas físicas ou
jurídicas podem participar do pregão. O contrato, com validade de três meses,
leva em consideração, a título de pagamento, a rota e se esta é feita em
estrada asfaltada ou de terra. “O pipeiro somente recebe pelo serviço após
constatada a execução do trabalho”, garante Marques.
Uma auditoria realizada pelo
Tribunal de Contas da União (TCU), divulgada no mês passado, revelou a ausência
de um mecanismo de controle sobre o gerenciamento do programa do Exército.
Seca
Na terça-feira, em Brasília de
Minas, pelo menos três comunidades denunciaram a demora na reposição da água e
falhas na orientação dos moradores quanto ao armazenamento. O Exército
reconhece os problemas na fiscalização e promete “afinar” o trabalho junto às
defesas civis dos municípios atendidos pelo programa.
“Ficamos mais de uma semana
sem água. O pipeiro sempre diz que o problema é com o carro, que estraga”,
reclamou a produtora rural Janete dos Santos, da comunidade de Morrinhos.
Fonte; Hoje em Dia
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